A linguagem, seja falada ou de sinais, é complexa. É o que diferencia as pessoas dos animais (além da pelagem e do medo de aspiradores de pó). Falando sério, a linguagem é uma característica exclusivamente humana, da qual dependemos no mundo dos negócios.
Ela se iniciou sendo falada face a face, o que sem dúvida, é ainda a forma mais eficaz de se comunicar. Quando não é possível, as coisas ficam complicadas. Felizmente, a tecnologia - embora primitiva – sempre vem nos ajudar. Vamos dar uma olhada em como os nossos antepassados superavam os limites geográficos para se comunicar e dar continuidade aos negócios.
Sinais de Fumaça: outdoors que mudam de forma
Ah, claro, você pode estar pensando, eu sei tudo sobre isso. Você provavelmente já viu os filmes de faroeste de Hollywood, os quais apresentam aos antigos nativos americanos enviando mensagens elaboradas pela cordilheira usando um código especial de baforadas de fumaça.
Mas você sabia que foram as tribos nômades de comerciantes que desenvolveram este venerável sistema, para anunciar vendas e lançamentos de novos produtos?
Ok, você (e a Wikipedia) me pegaram. Eu inventei essa última. Os nativos americanos sim usavam os sinais de fumaça, mas apenas para enviar simples notificações sobre a guerra, doenças, caças bem sucedidas e outras coisas importantes.
Curiosidade: Para fazer sinais de fumaça, você precisa queimar algo que produza uma grande quantidade de fumaça, como a grama úmida. Mas às vezes não há uma fonte acessível de água na planície. Então ... faça o que tiver de fazer.
Cartas: Notas em Papel
Durante milhares de anos, os negociantes escreveram cartas e memorandos (à mão em papel ou em tabletes de argila!) para se comunicarem com os outros.
Diferentemente dos sinais de fumaça, você não pode ver uma carta desde a montanha mais próxima. Então as cartas tinham de ser levadas do ponto A ao ponto B através de uma variedade de meios, incluindo o veloz mensageiro a pé (penso no logo da FTD), carruagem, pombo-correio, Pony Express, barco a vapor e correio tradicional.
Curiosidade: Embora John Hancock e companhia assinaram a Declaração de Independência em 4 de julho de 1776, os britânicos não souberam disso até o dia 10 de agosto, quando as notícias do Novo Mundo finalmente chegaram por navio. O atraso rendeu aos rebeldes o tempo de preparação de que tanto precisavam. (Em outras palavras, o mundo pode culpar as ineficientes velas quadradas dos galeões ingleses do século 18 pelo Starbucks e o Walmart).
Quipos: Mais que um Antigo Macramé
Durante anos, os Incas tiveram uma má reputação, porque eles supostamente não tinham uma linguagem escrita, enquanto todas as outras civilizações da Era do Bronze tinham.
Mas os arqueólogos acharam uma grande quantidade desses "quipos": cordas entrelaçadas com nós nelas. Eles são definitivamente algum tipo de código e não apenas um macramé antigo criado por algum artesão Inca para vender no Etsy.
Durante anos, as pessoas pensavam que eram ábacos flexíveis usados para registrar os impostos, informações do censo e contabilidade em geral - todas as coisas que uma pessoa no comando de um império precisaria saber. Porém, recentemente, os estudiosos decidiram que também poderiam conter informações narrativas. Você sabe, coisas e histórias. Se isso for verdade, os quipos se qualificariam como uma escrita que, não é só tão boa quanto as outras, mas melhor ainda, por ser tátil e em 3D.
Se os antigos advogados dos incas fossem mais atentos, os seus descendentes trolls de patentes poderiam estar processando a Samsung e a Apple por violar as suas patentes touchscreen.
Telégrafo elétrico: Bip Bip Bip Bip Beeeeep
Comunicação instantânea para qualquer lugar do mundo! Você consegue imaginar uma manchete em preto e branco divulgando isso? “Aff!” É o que alguém da Geração Y poderia dizer enquanto te da ombros.
As redes telegráficas rapidamente se espalharam por todo o mundo, permitindo que as pessoas trocassem mensagens e realizassem transações comerciais por todos os continentes em questão de minutos, ao invés de dias. Minutos, isto é, se você não incluir o tempo que o coitado do funcionário levava com o dedo no botão, apertando nos pontos e traços Para. Cada. Letra, o que pode levar horas, e uma equipe de funcionários se revezando para fazer pausas periódicas para evitar a paralisia na ponta dos dedos.
Curiosidade: Por que as frases terminavam com a palavra "Parar"? Porque a pontuação tinha custo adicional!
Fax: E se uma Fotocopiadora e um Telefone Tivessem um Bebê?
Mágica. Isso é o que eu pensei a primeira vez que vi um fax. Em algum lugar, alguém enfia um papel em uma máquina e, EXATAMENTE A MESMA COISA, sai em um lugar diferente? Como isso é possível? Era como se uma fotocopiadora e um telefone tivessem um bebê.
A verdade é que o fax foi inventado em 1840, exato! Várias décadas antes do que o telefone! Mas não apareceu na cena das comunicações empresariais até 1960, ou mais de um século depois. Então por que ainda não vimos um em Mad Men? Porque não era econômico o bastante para ser equipamento de escritório comum até os anos 80 (após o microprocessador e outros avanços tecnológicos).
Hoje, o envio de fax é considerado por alguns como o trabalho de escritório mais irritante do mundo. Os defensores dizem que é mais seguro que o e-mail, mas eu digo que apenas se você tiver a certeza de que discou o número certo. Os defensores? Você deve se perguntar. Sim, os japoneses continuam comprando milhões de faxes a cada ano. Quase todas as empresas têm um, já que em grande parte do país preferem os faxes em papel aos efêmeros e-mails. Até que as assinaturas eletrônicas se tornem convencionais, os faxes continuarão sendo uma parte essencial de qualquer escritório.
Curiosidade: Recentemente o Instituto Smithsoniano adicionou dois aparelhos de fax à sua coleção.
De Volta para o Futuro
É claro que a história da comunicação empresarial, mesmo em curta versão, pesquisada 100% pelo Google, sempre se tratou de novas e melhores tecnologias ultrapassando as antigas. Hoje em dia, as comunicações unificadas nos estão levando para a próxima era, trazendo-nos de volta a onde tudo começou: as conversas face a face através da videoconferência, uma maneira mais natural e eficiente de interagir. Tudo o que vai... volta!