Por: Mark J. “Fletch” Fletcher

Sobre Bill Schrier

Bill Schrier é Conselheiro Sênior de Política do Gabinete do CIO para o Estado de Washington. Schrier está ajudando a gerenciar o First Responder Network Authority (FirstNet) do Estado, um esforço que irá conectar a polícia, os bombeiros e outras equipes de primeiros socorros, na infraestrutura do Next-Generation 911 (NG911). O NG911 permitirá que o público envie textos e imagens, faça videochamadas de emergência e forneça outros dados, tais como a localização para os atendentes do 911, além de fazer ligações telefônicas como são feitas atualmente.

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Bill Schrier

Anteriormente trabalhou como Diretor de Tecnologia de Seattle e, devido a sua liderança, Schrier foi homenageado pelas revistas Government Technology e Computerworld. Ele atualmente preside o Comitê de Banda Larga do Association of Public Safety Communications Officials (APCO International), escreve o blog Chief Seattle Geek e envia tweets em @BillSchrier.


Em uma recente conversa com Bill, adorei trocar ideias sobre o futuro dos serviços de comunicações de emergência. Dar sentido a toda a big data de segurança pública que será gerada no futuro pode ser um desafio para alguns líderes que a herdarem. Já para alguns fornecedores, que estão analisando esse nível de informação com soluções implementadas e comercialmente existentes, é apenas mais um dia de trabalho.

A conferência APCO deste ano foi totalmente sobre o NG911. Nós estávamos conversando sobre os serviços de informação pública 311 e como esses aplicativos já usam multimídia.

Exatamente. Há muitas coisas interessantes acontecendo com o 311, que estão preparando o caminho [para o NG911] no uso de aplicativos, vídeo e imagens.

Nós conversamos sobre Boston, por exemplo. Eles usam um aplicativo para denunciar buracos nas ruas, certo? Este automaticamente recolhe dados dos smartphones dos moradores e envia essa informação para a central 311.

O aplicativo Boston usa o acelerômetro no iPhone para que ele saiba se você está passando por cima de um buraco e, em seguida, tenta reportá-lo. Boston também tem seu aplicativo Citizen Connect que tem uma interface direta com o 311. Este permite que qualquer pessoa possa tirar uma fotografia do lixo que não foi coletado ou de um poste de iluminação quebrado e enviar um relatório diretamente para o Constituent Relationship and Work Order Management System de Boston, que então envia os funcionários públicos para resolver o problema.

Isso também permite o acompanhamento de métricas, o qual acho realmente importante. Se você for justificar um aplicativo, você tem que levar um registro das métricas.

Definitivamente. Eu acho que nós precisamos chegar ao ponto onde coisas como o Citizen Connect levem relatórios de acompanhamento do 311, semelhantes aos dos pacotes do FedEx ou UPS. Dessa forma, você realmente saberia a data e hora de quando a chamada entrou, quando foi direcionada, quando foi atendida e quando a equipe chegou. Em seguida, você pode contatar o cidadão e perguntar: “realmente já foi resolvido? Foi resolvido de forma satisfatória?”.

Bill, você foi o Diretor de Tecnologia da cidade de Seattle. O que você considera sua maior conquista?

Eu acho que uma das maiores realizações foi a abertura de dados. Seattle foi uma das primeiras cidades a realmente fazer isso, usando o chamado Data.Seattle.Gov— onde publicamos de 500 a 600 conjuntos de dados. Temos disponibilizado dados governamentais que colhemos sobre as licenças de construção, crimes, chamadas ao 911 e toda uma série de outras informações para qualquer um ver.

Isso é o que o NG911 está se tornando: big data. Uma coisa que saiu recentemente no sul da Califórnia foi a análise de dados das chamadas ao 911 e a precisão da informação de localização. Nos últimos dois anos, tem ocorrido um aumento na imprecisão da localização. Este é um exemplo perfeito de por que nós temos que começar a inserir o big data na segurança pública. É muito mais do que apenas, "911. Qual é a sua emergência?".

Especialmente se você considerar o fato de que não só o seu iPhone ou smartphone é um potencial coletor de dados, mas também os veículos estão sendo automatizados. Eles já coletam uma grande quantidade de dados sobre o que está acontecendo neles, embora não sejam necessariamente armazenados.

Qual é a sua função atual no Gabinete do CIO para o Estado de Washington?

Eu sou o ponto de contato da FirstNet . Outra função importante que eu tenho é com Data.WA.Gov, o conjunto de dados abertos para o estado de Washington. Estou tentando defender a publicação de mais informações do governo e a liberação dessas informações para o público.

Também tem muita coisa acontecendo com big data aqui na APCO, certo?

Sim. De fato, a APCO trabalhou com o Gabinete de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca para hospedar um “Data Jam”. Eles convidaram desenvolvedores de todo o sul da Califórnia para vir e observar alguns desses conjuntos de dados abertos de todo o país e para ver que tipo de aplicações eles poderiam desenhar ou desenvolver para melhor expor as informações de segurança pública para a equipe de emergência ou para os cidadãos.

Leia mais:

schrier.wordpress.com

avaya.com/blogs

avaya.com/APN

Mark J. “Fletch” Fletcher é o Arquiteto-chefe de Soluções Globais em Segurança Pública na Avaya. Ele é responsável pelo road map e pela estratégia de serviços de emergência de última geração, no setor público e privado. Ele escreve para o blog Avaya Connected em Avaya Connected en avaya.com/blogs e apresenta o Avaya Podcast Network em avaya.com/APN.